Olá leitores? Como estão? Hoje trago mais uma vez um clássico da literatura. “O Coruja” de Aluísio Azevedo foi publicado inicialmente como folhetim em 1885 e aborda a história de dois rapazes, Teobaldo e André (O Coruja).
Sinopse
“A verdade desnuda que Aluísio Azevedo revela em seu romance O Coruja reflete a pressão do meio ambiente, onde pululam seus personagens, fazendo emergir pelo levantamento superficial e sistemático dos sinais interiores e exteriores de cada um, suas naturezas híbridas, chegando mesmo alguns estudiosos a afirmarem haver o autor transportado para André a psique do taciturno Capistrano de Abreu.
A vida na época de introdução do Naturalismo entre nós apresentava aspectos repugnantes, tristes, amargos; era preciso trazê-los para a literatura como se apresentavam, abandonando aquele formalismo dândi, aquela idealização romântica, que disfarçava aqueles aspectos, quando não os esquecia. A esse impulso pragmático que acicata os leitores, revelando-lhes as condições miseráveis de vida, surge a grande força motriz de Aluísio, que não consiste apenas em narrar tais acontecimentos e sim interpretá-los. A interpretação exigindo profundidade e largueza de horizontes e não se satisfazendo na visão sensorial e superficial, importando sim em uma tomada de posição em face aos acontecimentos”.
A vida na época de introdução do Naturalismo entre nós apresentava aspectos repugnantes, tristes, amargos; era preciso trazê-los para a literatura como se apresentavam, abandonando aquele formalismo dândi, aquela idealização romântica, que disfarçava aqueles aspectos, quando não os esquecia. A esse impulso pragmático que acicata os leitores, revelando-lhes as condições miseráveis de vida, surge a grande força motriz de Aluísio, que não consiste apenas em narrar tais acontecimentos e sim interpretá-los. A interpretação exigindo profundidade e largueza de horizontes e não se satisfazendo na visão sensorial e superficial, importando sim em uma tomada de posição em face aos acontecimentos”.
As histórias de André e Teobaldo acabam se cruzando na escola. André é um menino órfão que morava com um padre e não possui bons atributos físicos, inclusive era considerado por muitos como estranho. Já Teobaldo era seu oposto, era considerado bonito, era rico e muito viajado. Com o passar do tempo os dois meninos se tornaram inseparáveis.
Após a escola essa amizade continuou. André segue com a mesma postura séria e determinada da escola, e o mesmo acontece com Teobaldo, que continua a ser o menino rico e mimado.
Com a morte dos pais, Teobaldo se vê obrigado a se casar por “conveniência” com Bianca que é filha de um importante Comendador. Mas nem o casamento parece dar jeito em Teobaldo.
O Coruja então segue sua vida de maneira modesta, e logo começa a ver as interferências de Teobaldo, e até chega a se sacrificar em alguns pontos pelo amigo.
Essa obra possibilita ao leitor fazer várias observações sobre essa amizade. Muitos (inclusive eu) veem essa amizade de maneira desigual, onde apenas Teobaldo obtêm benefícios e sua personalidade se mostra extremamente egoísta e mesquinha em relação ao dedicado amigo Coruja.
A quem defenda Teobaldo apontando que os responsáveis por seu comportamento sejam seus pais, que nunca conseguiram colocar limites no rapaz.
Esse livro apesar de ter sido escrito há bastante tempo, não possui uma linguagem complicada que dificulte a compreensão do leitor.
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