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Meu primeiro contato com a leitura foi ainda na época da escola. Era preciso ler a obra e apresentar um seminário. Não sei se pela obrigação, mas confesso que não gostei muito. Porém, anos mais tarde, tive a oportunidade de ler novamente o livro, e com outra perspectiva posso garantir que amei a obra de Aluísio Azevedo.
A obra é narrada em terceira pessoa, ou seja, ele tem conhecimento total dos acontecimentos, e tende a ser neutro em sua narração, mas em algumas vezes ele acaba tendo um posicionamento em relação a alguns personagens.
A história se passa na Brasil, no século XIX, a obra se passa em dois ambientes no sobrado de Miranda e no cortiço. O enredo aborda como João Romão ficou rico, e o caminho que ele teve que percorrer para isso acontecer. Inclusive, é abordado que João, que além de dono do cortiço, também tem uma pedreira onde ele explora seus empregados e até comete furtos.
Bertoleza é amante de João e trabalha incessantemente sem folgas ou descansos. Temos também Jerônimo que é conhecido por ter bom caráter e por isso, e por seu bom desempenho na pedreira de João, ele é convidado a ser o gerente. Então ele e sua mulher Piedade, se mudam para o cortiço. Logo Jerônimo acaba caindo nos encantos de Rita Baiana, e então muitos acontecimentos acabam mudando totalmente os rumos de suas vidas.
Do lado do cortiço, mora Miranda. Um comerciante muito bem sucedido, que acaba entrando em uma disputa com João por um pedaço de terreno para poder aumentar seu quintal. João tem muita inveja de Miranda e de seu prestígio, e para poder supera-lo em sua riqueza ele começa a trabalhar cada vez mais. Ao ver que João está crescendo, Miranda acaba conseguindo virar barão, o que aumenta ainda mais sua posição. Com isso, João percebe que não se trata apenas de dinheiro, mas sim de fazer parte da sociedade.
Mas logo que João começa a imitar seu rival, por incrível que possa parecer, eles acabam entrando em certa harmonia. João tem interesse em pedir a filha de Miranda em casamento, mas ele tem um empecilho, sua amante Bertoleza. Ele então precisa se livrar dela.
Esses são os enredos principais do livro, mas não são os únicos. Outras histórias são desenvolvidas dentro da obra. É um livro que trabalha muito com a realidade da época na abordagem escolhida pelo autor.
Essa é uma leitura muito importante para quem tem interesse em livros que trazem histórias que abordam as várias vertentes do ser humano. Onde o caráter pode ser mudado com facilidade, por fatores motivacionais como dinheiro e poder, por exemplo. É um livro que não tem uma escrita difícil, o que tende a facilitar muito o entendimento no momento da leitura.
Para quem curte adaptações no cinema, à obra teve sua versão nas telonas em 1978, pelo diretor Francisco Ramalho Jr, e teve em seu elenco nomes conhecidos como Betty Faria, como Rita Baiana e Armando Bógus, como João Romão.
Por hoje fique por aqui! Até a próxima resenha!
Sobre o autor:
Aluísio Azevedo é natural de São Luís, Maranhão, e viveu
entre os anos de 1857 e 1913. Quando o livro O Cortiço foi lançado em 1890, ele chegou a ofuscar autores como Machado de Assis, pelo fato de seu livro pertencer à escola naturalista, que era tinha um prestígio muito grande na Europa.
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