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[Resenha] Introversão - Fabiano Pirchiner Pimentel

                Olá leitores, como estão? Hoje a resenha é sobre um livro de poesias. Não sei se já comentei com vocês por aqui, mas sou apaixonada por este gênero. Aliás, até me arrisco a escrever alguns versos por aí, mas isso é conversa para outra hora.
                O livro que trago para vocês é do autor Fabiano Pirchiner Pimentel, e se chama Introversão. A obra possui 86 páginas.
                Sempre que penso em ler poesia, gosto de tentar entender um pouco sobre o que o autor sentiu ao escrever aquelas palavras. Afinal, nunca são apenas palavras, e sim sentimentos. Pois os poetas são repletos de sensações e emoções, e isto, fica claro em sua arte.
                A poesia de Fabiano é repleta de emoção. Sentimentos são despejados nas páginas de seu livro, e com isso, o leitor se sente próximo, vivo e representado. Suas palavras são doces, pesadas e cheias de significado. Confesso que sou “chata” para poesias, mas sua obra encheu meu coração de amor.
                Suas poesias conseguem ser intensas e junto com as palavras, trazem sensações e inquietações. Como disse acima, tem muito do autor em sua arte, acredito muito que é impossível para os poetas, escreveram sobre algo que não sentem ou não vivem.

                A poesia está no sentido, no significado e na essência do autor. Fabiano escreve com propriedade, com certeza do que viveu, sentiu e claro, amou. Acredito que quando se escreve uma poesia, se possibilita várias interpretações por parte do leitor, o que se sente ao entrar em contato com a arte é muito pessoal. Eu por exemplo, senti amor nas palavras do autor. Seu livro exala amor, e claro, desilusões amorosas escritas de uma maneira que parece que conversam com quem está lendo.
                A se todo coração partido pudesse falar, ele diria mais ou menos isso:
Um nome na carta, indefinido mesmo
Será que adianta querer-lhe chamar?
Acho que não, pior que não sei quão pior.
Estou sentindo algo além por você e fico
Triste por não ter o retorno querido.
Não sei de sua vida pessoal, não sei se
Já tem planos bem detalhados para seu
Coração, mas esperava estar neles.
Sei agora que não estou.
Bem, acho que nunca conseguirei a ter
Como amiga, esse incansável sentimento
Não me deixa querer ser.
Espero que consiga suas vitórias e seja feliz.
             

                A obra de Fabiano me ganhou de cara, logo nas primeiras poesias. Acho que o principal motivo foi pela verdade de sua escrita, pela maneira como consegui sentir suas palavras, sua arte. Super indico este livro para quem não tem medo de sentir. Pois o que seria do leitor de poesias que não sente? Não vive aquela leitura como sua? Não se deixa levar pelos sentimentos daquele livro?
                Por hoje fico por aqui! E me despeço de vocês hoje com minha poesia favorita do livro Introversão. “Ser só” me conquistou por sua intensidade, e apesar de falar de alguém que se foi, sempre gosto de pensar que de todas as situações é possível tirar algo bom. Afinal, o que não te destrói, te fortalece!

Ser só

Você continua a sorrir,
mesmo com tanta desgraça,
mesmo com tanto desamor,
você continua a sorrir.
 Qual o mistério nisso?
Qual o segredo disso?
Somente no seu coração
fica a minha resposta.
 Tenho tempo, acho que sim.
Acabo descobrindo que não.
Tudo errado, jogado ao vento,
tudo amarrado ao pescoço.
 Cadê seu sorriso? Não acredito.
Ele se fi como todos os outros
de milhares e milhares de públicos.
Contingentes plausíveis de ferro e fogo.
 Você se foi e ainda bem que
não me entreguei ao seu olhar.
Sabia que teria dificuldades nisso,
Teria dificuldade em tudo.
 Ficou a marca exata de tudo
o que passou, o que amou.
Somente coragem, uma miragem.
 Beijos e mais beijos remendados
em pedaços de sol, de chuva e de tempo.
 Ah! A claridade de seu ser,
só para me provocar.
Um alívio, um distúrbio?
Não sei e não saberei
 Pode ir, é melhor, bem melhor.
Assim como você sabe fazer.
Sabe moldar em vasos, antes
vazios, agora cheios d’água.
 Vasos cheios de meu sangue,
cheios com minha tristeza e lágrimas.



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