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[Resenha] Pode beijar a noiva - Patrícia Cabot

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     “Pode beijar a noiva”; autora: Patrícia Cabot; Editora: Essência; 238 páginas.
     Emma, uma jovem de família londrina, se apaixonou por Stuart desde jovem. A admirável paixão que ele possuía em ajudar os menos afortunados foi o que conquistou a garota. Logo ele percebeu os interessas da jovem e retribuiu. Enquanto James, primo mais velho de Stuart, admirava a jovem Emma sem que ninguém soubesse, nem ela própria e, quando Emma veio lhe contar sobre seus planos de fugir com Stuart para casarem-se, James tentou impediu, mas falhou. Quando Emma contou a ideia para James, esperava apoio e ajuda financeira, quando veio a explosão do homem, ela passou odiá-lo.
     Emma e Stuart casam e se mudam para um local bem simples, com pessoas necessitadas de ajuda. Stuart, sempre muito virtuoso e generoso, era o “cura” da cidade e estava sempre disposto a ajudar. Meses depois, Emma fica viúva e com uma herança bem generosa. O homem que matou seu marido, após se arrepender, deixou-lhe uma quantia que só poderia ser retirada quando Emma casasse novamente. Sendo assim, a mulher passou cultivar diversos pretendentes que estavam mais de olho no dinheiro que ela iria receber.
     Mas eles não contavam com a visita inesperada de James, que foi ao encontro de Emma para buscar o corpo de Stuart e encontrou a moça em uma situação bem desagradável: ela estava sendo coagida por um homem. Como bom cavalheiro, James impediu os avanços do homem e defendeu Emma. Após esse acontecimento, os planos de James mudam. Ele já não quer só buscar o corpo do primo, ele quer proteger Emma. E naquele mesmo dia, após descobrir sobre a herança e outras histórias sobre ela, seu interesse em ficar ali só aumentou. E os sentimentos, há muito guardado, retornaram com força.
Se quiser realmente conquistá-la, e eu acho que é seu desejo, terá de cortejá-la”.
     Claro que a viúva queria o dinheiro e também queria se livrar dessa leva de oportunistas que tanto a infernizavam, mas ela não sabia como. E o detestável e egoísta James não era alguém em quem ela podia confiar, mas ela não tinha muita escolha e quando James propôs um acordo, ela teve de concordar.  O que ela não sabia, é que aquele acordo mudaria a má sorte que ela vinha tendo durante toda sua vida.
     O romance de época é narrado de forma leve, ganhando mais intensidade no decorrer dos capítulos. A história tem um tom romântico ingênuo desde o início, mas vai ganhando mais maturidade até atingir umas cenas mais ousadas. Emma tem uma personalidade cativante. O fato dela se apaixonar por Stuart por ele ser um homem que não se apega a coisas materiais. O fato dela própria pensar mais nos outros, mesmo que naquela época, fitas, chapéus e joias, fossem coisas tão priorizadas pelas damas, fazem dela uma personagem fácil de se apaixonar. E James não fica muito atrás. Apesar de sua arrogância inicial, quando ele percebe que precisa realizar mudanças significativas para conquistar sua amada, ele se transforma em um novo homem. Não mudanças fingidas, mas reais, que realmente passaram a ter significado para ele.
     Apesar do desfecho previsível, a trama se desenvolve com suspense que vai sendo desmembrado e aos poucos revelado ao leitor. E as surpresas que se revelam são ora chocante e ora emocionantes. É uma história doce com reviravoltas e muito romantismo.


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