Páginas: 288
Editora: Aleph
Será que a inteligência traz mesmo a verdadeira felicidade? Esse foi apenas um dos muitos questionamentos que eu fiquei na cabeça por dias, após terminar a leitura de Flores para Algernon.
Honestamente? Acho que esse foi um dos melhores, se não o melhor livro, que li até agora em 2020. A história aconteceu de maneira muito fluida pra mim e eu devorei às 288 páginas em pouco mais de um dia.
Charlie Gordon é um homem de 32 anos, que possui uma deficiência intelectual grave, ele tem um QI muito baixo, porém uma vontade de aprender imensa, seu maior sonho é “ser inteligente”.
“Não mimporto muito em ser famoso. Só quero ser esperto como as outras peçoas para poder ter amigus que gostam de mim”.Todo seu desejo por conhecimento acaba tornando Charlie em uma cobaia de um experimento desenvolvido por cientistas de uma universidade que promete ser inovadora: uma neurocirurgia que seria capaz de aumentar em muitos níveis sua inteligência. Esse procedimento já havia sido testado em um rato, Algernon, e os resultados foram muito promissores.
O procedimento acaba sendo um sucesso e ele observa um considerável aumento em seu QI, e isso acontece em um período curto de tempo. Charlie começa a ler muito, participa de processos para aprimorar sua inteligência e seu cérebro começa a gravar todo o conhecimento de maneira fantástica.
“Agora entendo que um dos motivos importantes para ir à universidade e obter uma educação é aprender que as coisas em que você acreditou a vida toda são verdade, e nada é o que parece ser”.Essas mudanças são possíveis de serem acompanhadas pelo leitor, pois o livro é narrado pelos chamados “relatórios de progresso” escritos por Charlie. Neles, podemos perceber que inicialmente existem muitos erros de ortografia e uma maneira muito simples de enxergar o mundo a seu redor. Conforme o personagem vai evoluindo sua capacidade intelectual, podemos observar uma narrativa mais normativa, além de uma maneira diferente de pensar e enxergar as coisas.
“Sou como um homem que nasceu cego e recebeu a oportunidade de ver a luz”.Quando Charlie consegue chegar ao nível intelectual que tanto desejou começa a perceber que isso pode ser mais complexo do que ele sempre achou que seria. Ele começa a perceber e entender as situações que o cercam e observar como as pessoas sempre foram cruéis com ele. A impressão que fica, e que ele não estava preparado psicologicamente para essa mudança, pois muitas lembranças obscuras de seu passado, voltam mais claras as suas memórias o acabam assombrando.
Esse livro é um clássico da ficção cientifica, e teve sua primeira publicação em 1966. A obra é envolvente e, é impossível não se sensibilizar com a história e com Charlie. Apesar de a leitura ser muito agradável ele é um livro com uma carga emocional bem forte, pois aborda agressões verbais e traumas emocionais bem sérios.
Flores para Algernon é um dos melhores livros que li na minha vida. Melancólico, emocionante, apaixonante e nos leva por várias reflexões importantes e perturbadoras em alguns momentos. Certamente este é um daqueles livros que você guarda no coração pra sempre, sendo impossível esquecer a incrível história de Charlie Gordon.
“Quem pode dizer que minha luz é melhor que a sua escuridão?”.Adquira o seu:
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