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Tudo o que já sabemos sobre The Ballad of Songbirds and Snakes, próximo livro da franquia Jogos Vorazes


Está chegando o momento de voltarmos à Panem! Ainda sem título no Brasil, “The BalladofSongbirdsandSnakes”, o quarto livro do universo criado por Suzanne Collins, teve alguns detalhes sobre a sua história revelados e nós reunimos todos eles nesse post, incluindo o trecho de um capítulo! Confira abaixo!

- Prelúdio da jornada de Katniss –
A trama da nova história se passa 64 anos antes dos acontecimentos do primeiro livro da trilogia e se inicia na manhã da colheita dos tributos para a 10° edição dos Jogos Vorazes.
Em entrevista à EntertainmentWeekly, a autora disse que “com este livro eu queria explorar o estado da natureza, quem somos e o que é necessário para nossa sobrevivência. O período de 10 anos de reconstrução após a guerra – chamado de Dias Escuros – como o país de Panem luta para se levantar, provê um terreno fértil para os personagens lidarem com essas questões e definirem seus pontos de vista sobre a humanidade”.

- Protagonista –
O prelúdio será protagonizado pelo jovem CoriolanusSnow, sim, esse mesmo que você está pensando! A nova história de Collins irá nos mostrar que o odiado vilão da primeira trilogia nem sempre foi a pessoa cruel que se tornou em seus anos como ditador, mas sim um adolescente nascido em uma família privilegiada que sonhava em construir o seu próprio legado.
Veja abaixo a arte conceitual do personagem divulgada pela EntertainmentWeekly:

- Lançamento –
A editora Rocco, também responsável pela publicação da trilogia “Jogos Vorazes” no Brasil, anunciou que o livro será publicado ainda no primeiro semestre de 2020, porém ainda não há uma data confirmada e nem um título nacional para a obra. Nos Estados Unidos “The BalladofSongbirdsandSnakes” chega às livrarias no dia 19 de maio pela editora Scholastic.

- Leia abaixo um trecho da história divulgado pela EntertainmentWeekly, na última terça (21/01), em tradução livre –
A grande escadaria que levava à Academia poderia abrigar todo o corpo estudantil, então ela acomodou facilmente o fluxo de oficiais, professores e estudantes que se dirigiam para as festividades do dia da colheita. Coriolanus subiu devagar, tentando demonstrar uma dignidade despreocupada, para o caso de alguém estar olhando. As pessoas o conheciam – ou pelo menos elas conheceram seus pais e avós – e havia um certo padrão esperado para um Snow. Este ano, começando neste mesmo dia, ele esperava conquistar reconhecimento pessoal também. Ser um mentor nos Jogos Vorazes foi o seu projeto final antes de se graduar na Academia, no verão. Se ele tivesse uma performance impressionante como mentor, com o seu excelente histórico acadêmico, Coriolanus deveria ser premiado com um valor substancial, suficiente para custear as suas aulas na Universidade.

Haveria vinte e quatro tributos, um garoto e uma garota de cada um dos doze distritos derrotados, sorteados por uma loteria para serem jogados em uma arena para lutar até a morte nos Jogos Vorazes. Tudo foi estabelecido no Tratado de Traição que deu fim aos Dias Escuros da rebelião dos distritos, uma das várias punições suportadas pelos rebeldes. Como no passado, os tributos seriam despejados dentro da Arena da Capital, um anfiteatro - agora dilapidado -que era usado para esportes e entretenimento antes da guerra, com algumas armas para matarem uns aos outros. A população da Capital era encorajada a assitir, mas muitas pessoas evitavam. Como torna-lo mais envolvente era o desafio.

Com isso em mente, pela primeira vez os tributos seriam designados para mentores. Vinte e quatro dos melhores e mais brilhantes formandos da Academia foram recrutados para o trabalho. As especificações do que isso implicava ainda estavam sendo ajustadas. Havia uma conversa sobre preparar cada tributo para uma entrevista pessoal, talvez uma preparação para as câmeras. Todos concordaram que se os Jogos Vorazes fossem continuar, eles deveriam evoluir para uma experiência mais significativa e a união entre jovens da Capital com os tributos dos distritos deixou as pessoas intrigadas.

Coriolanus fez seu caminho através de uma entrada coberta por faixas pretas, por uma passagem abobadada e então para o cavernoso Heavensbee Hall, onde eles assistiriam a transmissão da cerimonia da colheita. Ele não estava atrasado, mas o Hall zumbia com o corpo docente, estudantes e um número de oficiais dos Jogos que não eram requisitados para a transmissão do dia de abertura.

Avoxes se entrelaçavam à multidão com travessas de posca, uma mistura de água, vinho, mel e ervas. Era uma versão intoxicante da coisa azeda que tinha sustentado a Capital durante a guerra, supostamente combatendo doenças. Coriolanus pegou um cálice e espalhou um pouco da posca ao redor da boca, na esperança de enxaguar qualquer traço do hálito de repolho. Mas ele só se permitiu um gole. Era mais forte do que a maioria das pessoas pensava e em anos anteriores ele havia visto homens de classe alta passarem uma completa vergonha por beberem rápido demais.
O mundo ainda achava que Coriolanus era rico, mas sua real moeda de troca era o seu charme, que ele espalhou generosamente enquanto ele fazia seu caminho através da multidão. Rostos se ascendiam quando ele dava amigáveis “olás” para estudante e professores, perguntando sobre os membros da família, derramando um elogio aqui e ali. “Sua palestra sobre retaliação distrital me assombra”. “Amei as franjas!”. “Como foi a cirurgia de sua mãe? Bom, diga a ela que é minha heroína”.

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Dean Casca Highbottom, o homem creditado como criador dos Jogos Vorazes, estava supervisionando o programa pessoalmente. Ele se apresentou aos estudantes com todo o entusiasmo de um sonambulo, sonhador e, como sempre, dopado. Seu físico outrora fino estava encolhido e coberto por uma pele flácida. A precisão de um recente corte de cabelo e o terno aliviaram a sua aparência deteriorada. Devido à sua fama como o inventor dos Jogos, ele ainda tinha uma tênue segurança em sua posição, mas havia rumores de que o Conselho da Academia estava perdendo a paciência.

“Olá”, ele se arrastou, balançando um pedaço de papel sobre a cabeça. “Lendo as coisas agora”. Os estudantes silenciaram, tentando fortemente escutá-lo acima do barulho do corredor. “Você lê um nome e depois o pega. Certo? Então, muito bem. Distrito Um, garoto, vai para...” Dean Highbottom olhou de soslaio para o papel, tentando se concentrar. “Óculos”, ele murmurou. “Esqueci deles”. Todo mundo encarou seus óculos, já empoleirados em seu nariz e esperou enquanto seus dedos o encontravam. “Ah, aqui vamos nós. LiviaCardew”.

O pequeno rosto pontudo de Livia abriu em um sorriso e ela deu um soco no ar em vitória, gritando “sim!” em, sua voz estridente. Ela sempre fora propensa a se gabar. Embora a atribuição de ameixa fosse apenas uma reflexão sobre ela e não sobre sua mãe administrando o maior banco da Capital.

Coriolanus sentiu um crescente desespero enquanto Dean Highbottom tropeçou pela lista, atribuindo um garoto e uma garota de cada distrito para um mentor. Após dez anos, um padrão emergiu. Os distritos 1 e 2, melhor alimentados e amigos da Capital, produziram o maior número de vitoriosos com os tributos de 4 e 11, da pesca e agricultura. Coriolanus esperava por 1 ou 2, mas nenhum foi designado a ele, o que tornou ainda mais insultante quando SejanusPlinth ganhou um garoto do distrito 2. O Distrito 4 passou sem menção ao seu nome, e sua última chance real para um vencedor – o garoto do Distrito 11 – foi atribuído à ClemensiaDovecote, filha da secretária de energias. Diferente de Livia, Clemensia recebeu a notícia de sua sorte com tato, empurrando seus cabelos escuros sobre os ombros enquanto, estudiosamente, fazia notas sobre seu tributo em sua pasta.

Alguma coisa estava errada quando Snow, que também era um dos alunos com maior honra da Academia, não foi reconhecido. Coriolanus começou a pensar que haviam se esquecido dele – talvez dessem a ele uma posição especial? – quando, para seu horror, ele escutou Dean Highbottom murmurar, “E por último, mas não menos importante, a garota do Distrito Doze... ela pertence a CoriolanusSnow”.




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