"30 minutos com um estranho"; autora: Merari Tavares; Editora Scortecci; 74 páginas.
Quem diria que uma simples viagem rotineira de ônibus poderia mudar inteiramente uma vida?
Foi o que aconteceu com Karry quando um homem sentou-se ao seu lado no assento do ônibus e começou a puxar uma conversa com ela. Até aí até que é normal, ela sempre se esquivava, dava respostas vagas e aguardava a chegada do seu destino. Ela imaginou que acabaria ali, mas estava totalmente enganada.
O estranho, o qual ela não sabia nem o nome, parecia sempre aparecer em seu caminho por coincidência. Ele, de um atrevimento espantoso, se auto convidava para acompanhá-la, mesmo ela tentando recusar a companhia.
Karry é uma jovem apegada a família e tem um namorado que ama muito. Mas esses 30 minutos que passou no transporte com aquele homem foi mudando essa relação aos poucos. O cara estava bem motivado a conquistar Karry, mas talvez fosse apenas como um “troféu” e ela logo percebeu isso quando se envolveu em uma enrascada e todos a sua volta se afastaram, incluindo seu namorado e o tal estranho.
Atitudes impulsivas a fazem mudar toda sua história e encarar uma realidade que nunca imaginou que precisaria enfrentar. A história mostra a importância dos atos, ao mesmo tempo em que é um forte gatilho para a cautela que devemos ter com desconhecidos. Andar de ônibus poderá ser traumático de agora em diante (kkk brincadeira).
Em apenas 74 páginas a história se desenvolve intercalando bons momentos de apreensão com um ritmo suave e narrativa simples, que flui facilmente, sendo possível terminar a obra em pouco tempo.
A trama tem um desfecho feliz que ensina sobre perdão e traz uma bela reflexão sobre dar valor as coisas que amamos. Mas preciso dizer que não concordo com muitas das atitudes tomadas pelos personagens, mesmo no final. Compreendo que eles são maduros e com facilidade para seguir em frente, mas eu queria algo diferente para um certo personagem aí que me deixou extremamente angustiada.
Pelo amor de Deus todo mundo, não só crianças: não dê bola para estranhos na rua. Nunca! Estamos combinados? Vamos ficar em segurança. E se perceber que está sendo perseguida, busque a polícia, fale com sua família, combinado? Karry poderia ter se dado mais mal ainda, então vamos ficar atentos.
Encerro essa resenha com esse alerta porque de fato a história me levantou essa preocupação e acredito que esse livro pode passar de forma clara essa lição. Nem sempre pessoas na situação dessa protagonista têm finais como o dela. Fiquem sempre alertas.
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