Margareth, ou Maggie (como prefere ser chamada) é mãe de dois filhos, mas perdeu um para a epilepsia, uma doença que ela também tem. Após a morte de sua filha, toda a vida de Maggie começa a mudar. A mulher se afasta de todos e isso gera um divórcio e um filho que vai morar longe. Determinada a retomar a vida, ela decide ir para Dunadd na Escócia para pesquisar sobre as bruxas que foram queimadas, tema de sua tese. Nessa cidade, ela conhece Jim Galvin, um senhor gentil que a recebe e oferece seu companheirismo.
Lá suas crises epilépticas são fora do normal, ela entra em um torpor e durante as convulsões, ela começa a viajar para um passado muito distante, século VIII, para ser mais exata. Ali, onde havia as druidesas (sacerdotisa), e onde havia Fergus. Um belíssimo irmão do rei.
Toda aquela ambientação fascina Maggie e não demora muito para ela se apaixonar completamente por Fergus. E não só isso, ela conhece Illa, filha de Fergus, uma garota muito parecida com sua filha que ela perdeu para a doença. Quanto mais ela convive com aquele povo, mais ela se apega ao lugar e deseja viver ali.
Enquanto isso, no seu tempo atual, Jim conta a ela as antigas histórias sobre aquela cidade e sobre os reinados. Conforme ele relata, ela vai percebendo que tudo que ela vive durante os momentos em que fica desacordada, não são apenas frutos da imaginação.
Suas crises de epilepsia são muito frequentes e ela possui uma cirurgia já marcada, antes mesmo de sua mudança, que promete curar esse problema. Mas após a viagem para a antiga Dunadd, ela não deseja mais que seus ataques parem. São eles que a levam para perto de Fergus e Illa. Mas por outro lado, na terra dos vivos ainda existe o filho dela que a ama e que perderia o chão sem ela. E essa é a decisão mais difícil que ela precisa tomar em pouquíssimo tempo.
Os capítulos são intercalados entre a vida dela na Dunadd atual e na viagem proporcionada por seu ataque, a Dunadd antiga. Maggie e Fergus vão tecendo um relacionamento incomum. Ela sabe pouco do gaélico (língua falada naquele lugar) e ele não sabe nada do inglês da mulher, pois a língua ainda seria descoberta por aquele povo. Mas mesmo as línguas divergindo, os corações dos dois falam a mesma língua e isso é tudo que importa para a paixão florescer.
Para os fãs de romances de época, como Julia Quinn, ou até mesmo os mais modernizados, como o de Carina Rissi, esse livro é uma ótima indicação. O livro tem um forte teor histórico. Senti falta apenas de rodapés traduzindo as falas no idioma gaélico. Na maioria das vezes eles traduziam a fala logo em seguida, mas quando já tinha sido mencionada a tradução antes, eles não repetiam de novo e eu, como memória fraca que sou, acabei ficando perdida.
O final deixou um gancho ótimo para continuação, então imagino que ainda vem muita história por ai.
"[...] homens com seus jornais, mulheres com seus celulares, todos tentando ser alguém sozinhos, o que não é fácil, pois somos animais sociais, não importa como você encare isso, não importa que alguns de nós não se encaixem tão bem nos padrões da sociedade." (Pág. 94)
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