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[Resenha] Uma noite com Audrey Hepburn

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"Uma noite com Audrey Hepburn"; Autora: Lucy Holliday; Editora: Harper Collins; 270 páginas.
     A resenha de hoje é sobre uma história que conheci por acaso e, não me julguem, comprei pela capa. “Uma Noite com Audrey Hepburn”, escrito por Lucy Holliday, é o primeiro livro de uma trilogia que acompanha a vida de Libby Lomax, uma atriz coadjuvante, que perdeu o controle de muitos aspectos da sua vida, mas continua encarando o mundo como pode.
   No dia em que iria finalmente ter a sua primeira fala em um programa de TV, Libby se envolve em uma confusão em frente a toda equipe da emissora, incluindo o astro (lindo, bad boy...) Dillon O’Hara e termina demitida. Para piorar, quando chega em seu apartamento recém-alugado, descobre que o proprietário o dividiu ao meio para lucrar mais e, ainda por cima, os móveis que tinha escolhido foram trocados.
     Quando tudo o que Libby queria era uma noite de descanso com uma garrafa de vinho e seu filme preferido – Bonequinha de Luxo – ela recebe uma visita inesperada. Audrey Hepburn aparece sentada em seu sofá, assim como nos seus maiores devaneios de infância, quando se imaginava sendo melhor amiga da atriz.
   Audrey é como uma injeção de autoestima para Libby que, como muitas de nós, é cheia de inseguranças e sempre duvida de suas capacidades. Além de ajudá-la a superar algumas questões emocionais, já que a protagonista não tem uma relação boa com a família, a atriz ainda se mostra uma ótima consultora de estilo mesmo estando várias décadas à frente do seu tempo.

“- E você sabe do que mais me orgulho? [...] – De não deixar nada me assustar. Eu não era qualificada para fazer par com Gregory Peck. Não era boa o suficiente para dançar com Fred Astaire. Mas mergulhei de cabeça e dei o meu melhor, porque essa é a única maneira de uma mulher encontrar seu lugar neste mundo.” p. 114

    A história é bastante envolvente e isso se deve um pouco à seus personagens bem construídos. Alguns deles são fáceis de odiar, já outros nos proporcionam momentos bem fofos - como o melhor amigo de Libby, Olly Walker - e diálogos muito engraçados com Bogdan, o filho do dono do apartamento em que ela mora.
   O livro é cheio de referências à Era de Ouro do cinema Hollywoodiano, com destaque, obviamente, para Audrey e algumas das produções que estrelou. A única coisa que me incomodou um pouco foram os capítulos longos, mas devido a escrita fluida da autora e a edição (com páginas amareladas) eles não tornaram a leitura cansativa.
    O romance é um chick-lit muito divertido, no estilo Sophie Kinsella e Marian Keyes, então, se você gosta das autoras e suas personagens que se metem em situações no mínimo engraçadas, esse livro é para você. Felizmente a história de Libby não acaba por aqui, ainda temos “Uma Noite com Marilyn Monroe” e “Uma Noite com Grace Kelly” para acompanhar as confusões da personagem.
Espero que tenham e até a próxima!

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